quinta-feira, 5 de maio de 2011

2#Post Especial: Caçador de Bruxas Cap.2-Revisado e Ampliado

    Post especial hoje galera, Caçador de Bruxas revisado cap. 2: Roupas novas. Amanhã vai ter post especial do olho do gato, o capítulo 5, que virá acompanhado de ilustrações.Savvy?

    Klaus bateu na porta, após alguns momentos uma senhora abriu-a. Ela tinha baixa estatura, o rosto marcado pela velhice e caminhar um pouco curvado, mas não deixava de ser elegante. Ela trajava um vestido negro composto por diversas camadas e tinha os longos cabelos grisalhos presos m um coque por um alfinete dourado. Ela sorriu amavelmente ao ver Klaus.
-Ora se não é o famoso caçador. Achei que já não tinha mais tempo para visitar sua velha amiga.
Klaus sorriu ternamente.
-É bom ver que você esta saudável Verônica.
Em seguida ela se voltou para Elizabeth, olhou-a de cima a baixo, sorriu e voltou-se novamente para Klaus.
-Então arranjou uma namorada? Ela é bem bonita... Mas não é muito nova?
Elizabeth corou, ela não foi capaz de reagir, ela queria dizer que aquilo era um engano, mas estava envergonhada demais para fazê-lo. Quem reagiu foi Klaus, que limitou-se a coçar a cabeça envergonhado e soltar um sorriso desconcertado.
-Não.. Não é nada disso... Ela é minha contratante...
Verônica mais uma vez encarou Elizabeth, dessa vez de maneira mais demorada e minuciosa. Chegou mais perto, parecia pensativa.
-Não, não, não... Isso não esta bom mocinha... Precisamos dar um jeito nessas roupas, você não será levada a serio como a contratante de Klaus andando por ai com estes trapos! Venha, vamos entrar. -ela olhou para Klaus- Isso inclui você
    Os três entraram na loja, para Elizabeth aquela fora uma experiência única que revivera toda a animação inicial que ela teve ao ver a silhueta da cidade. Todo um mundo de roupas e apetrechos se encontrava dentro daquele lugar, prateleiras continham centenas de vestidos de todas as cotes, cabides continham os mais variados tipos de casacos e coletes, nas bancadas suportes carregavam chapeis coloridos, toda aquela diversidade de coisas fazia com que aquela pequena loja parecesse infinita. Verônica indicou a Klaus uma cadeira estofada que estava em um dos cantos da loja.
-Sente-se Klaus, eu irei levar esta menina até os fundos, você espera aqui, prometo traze-la de volta quando arrumar roupas que lhe sirva bem.
Klaus foi até a cadeira e sentou-se, olhou para Elizabeth e sorriu. Ela estava tão maravilhada que sequer foi capaz de esboçar qualquer reação, sequer estava completamente ciente do que estava acontecendo. Verônica pegou sua mão com delicadeza e sorriu  amavelmente.
-Vamos mocinha, as melhores roupas estão la atrás, e conhecendo Klaus, ele não aceitaria que eu lhe desse qualquer outra coisa senão o melhor.
    Verônica guiou Elizabeth para os fundos da loja onde havia uma pequena sala contendo os mais diversos tipos de roupas, quase tantas quanto na própria loja, algumas prontas e outras ainda nos manequins de costura.Elizabeth finalmente caiu em si, Aquela era uma loja de roupas, só havia uma coisa que ela poderia estar fazendo ali. Por um momento se envergonhou de suas próprias roupas, surradas e puídas por conta da viagem, mas logo depois sua preocupação tornou-se outra, quem iria pagar pelas roupas?
-Senhora Verônica...
Verônica voltou-se para Elizabeth com olhar interrogativo.
-Algum problema menina?
-Desculpe-me... Mas quem irá pagar pelas roupas?
Verônica sorriu.
-Não se preocupe, Klaus dará um jeito nisso.
-Mas...
-Mas nada, não se preocupe com isso, por hora apenas aceite o presente, e se realmente quer agradecer a Klaus trate de ficar bonita.
Elizabeth corou.
-Si...Sim...
Verônica abriu uma gaveta da estante e dela tirou uma fita métrica.
-Terei de tirar suas medidas, importa em despir-se?
Elizabeth fez que sim com a cabeça, ela abriu os botões do vestido e deixou-o cair no chão. Começou a desatar os nós do espartilho branco, mas foi detida por verônica.
-Tirar apenas o vestido já basta, você pode ficar com o espartilho...-Ela deu uma boa olhada no corpo mirrado de Elizabeth, prestando muita atenção no espartilho finamente trabalhado.- Quem via suas roupas não esperaria por uma peça tão fina...Você deve ter passado por bons bocados...
-Sim...
    Levou cerca de uma quinze minutos para que Verônica terminasse de tirar as medidas de Elizabeth.
-Pode descansar agora, irei procurar por boas roupas que lhe sirvam ou possam ser facilmente ajustadas.
Elizabeth se sentou em uma cadeira que estava próxima, Verônica vasculhou as prateleiras e cabides, pegou deles um vestido azul escuro e outro preto, ambos simples mas visivelmente muito bem feitos.
-Experimente-os.
Elizabeth vestiu ambos, serviram perfeitamente e ela se daria por satisfeita em tê-los, mas Verônica ainda parecia insatisfeita, então voltou as prateleiras e cabides e dessa vez pegou deles uma faixa vermelha trançada e um colete branco de seda.
-Tente usar a faixa em conjunto com o vestido azul e o colete com o vestido preto.
Elizabeth o fez, Verônica sorriu mas ainda parecia irrequieta.
-Daremos um jeito em seus cabelos agora.
Mais uma vez Verônica abriu a gaveta, tirou dela algumas fitas e um pente. Ela arrumou os cabelos de Elizabeth como pode e entregou para ela uma fita vermelha.
-Guarde esta e use-a quando quiser impressionar Klaus. Agora vista o vestido azul, não se esqueça da faixa trançada... Iremos mostrá-lo a Klaus.
-E quanto ao vestido preto?
Verônica sorriu.
-Não o mostre a Klaus ainda, seria melhor guardá-lo para uma ocasião mais especial.
Elizabeth corou, ela não entendeu muito bem por que ficou envergonhada ou por que Verônica lhe disse aquilo, mas decidiu concordar.
        As duas voltaram para a primeira sala e encontraram Klaus ainda sentado, ele olhava para um ponto fixo no espaço completamente perdido em seus pensamentos. Verônica foi até ele e apertou suas bochechas.
-Não é educado não prestar atenção quando uma bela moça entra no recinto Klaus.
Klaus imediatamente voltou ao “mundo real” e olhou ao redor, repousando a visão sobre Elizabeth. Ele a observou por alguns momentos, ela realmente estava muito bonita, agora que já não trajava as vestes de viagem ele pode perceber o quão bonita ela realmente era. “Ela vai ser linda quando for mais velha...”. Elizabeth percebeu que Klaus a observava, se encolheu sobre si mesma e corou. Verônica soltou uma sonora gargalhada.
-Como eu pensei, ela realmente é o seu tipo não é mesmo Klaus?
Klaus apenas riu desconcertadamente.
-Bem... E quanto vai me custar tudo?
Verônica sorriu.
-Não seja tolo! A divida de gratidão que eu tenho para com você é algo que o valor de todas as peças de roupa desta loja juntas não pode pagar, além do que, mesmo que não fosse um pedido seu eu daria de bom grado minhas criações a uma menina tão bonita.
-Bem, então nós já vamos...
Verônica entregou a Elizabeth uma bolsa com as outras peças de roupa e despediu-se, em Klaus ela deu um abarco que ele retribuiu.
-Volte quando puder.
-Pode deixar...

    Klaus e Elizabeth voltaram a perambular pela cidade, ela caminhava orgulhosa de suas roupas novas, ela estava feliz com elas, principalmente quando percebeu que aquelas roupas chamaram a atenção de Klaus. Ela não sabia por que, tinha encontrado aquele homem a poucas horas, mas já sentia que podia confiar nele, queria estar perto dele, mas ainda havia uma preocupação, ela não contara a ele qual a real natureza do trabalho e não tinha nenhuma certeza de que ele iria aceitar o trabalho depois que ele soubesse de tudo.
    Ambos seguiram caminhando, hora por ruas largas, hora por vielas estreitas, continuaram até chegarem a um beco sem saída onde haviam algumas casas, uma delas com luzes acesas e musica animada. A placa dizia “Estalagem Bota Furada”, o nome era um tanto quanto pitoresco, mas parecia ser um local muito aconchegante. Os dois entraram, no hall de entrada havia um balcão de atendimento, uma porta que aparentemente levava a taverna e uma escadaria. Não havia atendente, então Klaus tocou o pequeno sino que estava acima do balcão, logo um homem apareceu para atende-los. Era um senhor que já deveria ter cerca de cinqüenta ou sessenta anos, tinha ombros largos, cabelos castanhos acinzentados bem cortados e barba bem aparada, ele trajava roupas simples de couro curtido. Ao ver Klaus o homem sorriu.
-KLAUS! A quanto tempo velho amigo!
-A quanto tempo Laurence!
-E então? Veio finalmente visitar a cidade? Achei que você nunca mais fosse sair daquele chalé empoeirado!
-Muito engraçado Laurence, mas não, estou aqui a trabalho, você sabe muito bem que eu não saio do meu chalé empoeirado sem ser a trabalho.
Laurence deixou escapar uma sonora gargalhada.
-Realmente, um preguiçoso que jamais deixa seu chalé!
Klaus apenas riu.
    Laurence que até então dera atenção apenas a Klaus voltou-se para Elizabeth, encarou-a por alguns instantes e depois sorriu.
-É bem raro ver você acompanhado de uma mulher...
Elizabeth acanhou-se, Klaus pareceu ignorar aquele comentário.
-Bem... Tratemos de negócios Laurence, eu gostaria de um quarto para esta noite.
Laurence pareceu surpreso.
-Um quarto? Mas você já não tem um?
-Sim, mas não creio que eu deva dividi-lo com ela...
-E quanto ao seu chalé?
Klaus apenas apontou para a porta que levava até a rua, Laurence deu uma boa olhada e pode reparar que o dia estava em seu limiar, em poucos minutos a noite teria inicio.
-Compreendo... Então já passamos das oito horas... Bem... Sinto informar mas não temos mais nenhum quarto vago... Permite-me uma pergunta?
-Claro.
-O quarto seria para a mocinha?
-Obviamente.
Laurence deixou escapar uma sonora gargalhada, depois olhou Klaus com um sorriso malicioso.
-Tem certeza de que não quer dividir o quarto com esta belezinha?
Klaus fez uma expressão debochada, porem assustadora, e começou a estralar os dedos das mãos.
-Você esta me dizendo que eu sou o tipo de pessoa que faria algo com uma criança ou esta me dizendo para fazer algo com uma criança?
Laurence recuou um pouco.
-Eu estava brincando...!Mas realmente não temos quartos vagos... O maximo que posso fazer por vocês é pedir a minhas meninas que adicionem uma cama ao seu quarto...
Klaus pareceu pensativo e voltou-se para Elizabeth.
-Esta tudo bem assim para você?
Elizabeth pensou por alguns momentos, não era muito confortável dividir o quarto com um completo estranho, principalmente sendo um homem, mas a situação era favorável, ela poderia vir a se aproveitar disso para ter uma conversa mais reservada com Klaus.
-Sem problemas...
Klaus sorriu e tornou a voltar-se para Laurence.
-Mande colocarem a cama extra, vamos dividir o quarto.
Laurence sorriu.
-Imediatamente!

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