domingo, 20 de março de 2011

#5Caçador de Bruxas-Capítulo 4-Jornada


Klaus deixou a estalagem e se dirigiu ao centro da cidade para comprar provisões. “Ainda tenho umas duas ou três horas de dias, deve dar para comprar tudo”. O primeiro lugar a ser por ele visitado foi o ferreiro, la ele comprou um punhal e cinco pequenas esferas de ferro. Em seguida ele foi até a feira da praça central, onde comprou um maço de ervas do fogo, dois frascos de extrato de chefrar e uma caixa de carne seca. “Bem, parece que eu consegui comprar tudo”.
    Assim que Klaus deixou o quarto Elizabeth foi se lavar. A estalagem contava com um local onde se podia tomar um bom banho quente, que se mostrou muito revigorante para ela. Ao voltar para o quarto ela ainda ficou algum tempo acordada, na esperança de que Klaus chegasse enquanto ela ainda estivesse acordada, mas o sono acabou por vencê-la, Klaus encontrou-a dormindo quando retornou.
    Era ainda bem cedo quando Elizabeth despertou. Ela abriu os olhos preguiçosamente e olhou para a cama que havia sido improvisada ao lado da sua, na esperança de ver o rosto adormecido de Klaus, mas ele não estava la. “Será que ele chegou voltar para o quarto ontem a noite?Será que ele pretendia voltar...Ou será que ele aproveitou a situação para me abandonar...”. A mente de Elizabeth foi preenchida pela idéia de que Klaus havia usado sua saída como desculpa para deixá-la para trás, ela estava prestes a cair no abismo do desespero, mas foi salva pelo som da porta que estava se abrindo. Klaus entrou silenciosamente no aposento. Ele carregava uma mochila, dois sacos de dormir e um grande embrulho de tecido branco com a forma de uma cruz. Ele parecia tentar não produzir nenhum ruído, até que percebeu que ela já estava acordada.
-Bom dia moça, conseguiu dormir bem?
-Sim... E você, aonde foi tão cedo?
Klaus mostrou para Elizabeth a mochila e os sacos de dormir.
-Precisávamos de algo para carregar nossas coisas.
-E quanto ao embrulho?
Klaus desviou o olhar por alguns instantes.
-Esta é a Cruz Negra...
Elizabeth encarou o embrulho por alguns momentos. “Então é esta a origem do nome dele... O que será que esta dentro daquele embrulho...”. Klaus voltou a olhar para Elizabeth e abriu um sorriso.
-Então, pronta para viajar? Eu pretendo percorrer um bom trecho ainda hoje.
Elizabeth fez que sim com a cabeça.
    A aurora teve seu inicio quando os dois já estavam a uma distância razoável da cidade, que a esta altura não passava de uma silhueta negra no horizonte. Elizabeth tentou manter um ritmo acelerado de caminhada, mas acabou desistindo ao ver que Klaus parecia ajustar o seu caminhar ao dela. A estrada por eles tomada levava até Arlendre, um prospero vilarejo onde Klaus planejará passar aquela noite. Os dois caminharam sem pausa até que o sol já estava alto no céu., Klaus parou repentinamente, foi até uma grande árvore que estava a beira da estrada, tirou a o embrulho e a mochila das costas e deixando-as ao pé da árvore, em seguida, ele mesmo se sentou.
-Sente-se Elizabeth, uma pequena pausa não irá atrasar muito a viagem.
Elizabeth sentou-se, ela já estava ofegante, mesmo tendo caminhado num ritmo razoavelmente leve seu corpo não estava acostumado a longas caminhadas. Por outro lado Klaus não aparentava ter dado um passo sequer, mesmo tendo carregado todas as previsões ele não parecia nem um pouco cansado. “Será que ele percebeu que eu estava cansada e por isso parou?”.
-Me permite fazer uma pergunta Elizabeth?
-Claro.
-Como foi sua viagem de Sarges até aqui? Julgando por seu cansaço posso facilmente deduzir que você não veio caminhando.
Elizabeth deixou escapar um longo suspiro.
-É uma história longa... Mas a maior parte do caminho eu fiz via transporte mágico.
Klaus pareceu espantado.
-Transporte mágico é? Parece que você dispões de mais recursos do que eu esperava.
Elizabeth sorriu amargamente.
-Isso foi antes de ser capturada...
Klaus deixou morrer o sorriso e fez uma expressão seria.
-Capturada?
-Sim... Durante a viagem aqueles encarregados de me levarem até você decidiram que era mais lucrativo roubar meus pertences e me vender como escrava do que cumprir o contrato...
-E onde foi isso?
-Não me lembro bem... Mas não deve ser muito longe daqui... Eu levei apenas algumas horas para chegar até você...
-E eles e fizeram alguma coisa...?
Elizabeth armou um falso sorriso.
-Não se preocupe... Eles poderiam me vender por um preço melhor se estivesse inteira, portanto não me fizeram nada...
Klaus permaneceu serio por alguns momentos, depois abriu um sorriso.
-Fico feliz que não tenham feito nada de mal com você...
    Após aquela conversa os dois permaneceram em silencio, até que Elizabeth levantou.
-É melhor seguirmos viagem, não será muito bom termos de viajar durante a noite.
Klaus levantou-se e apanhou seus pertences.
-Tem razão, é melhor seguirmos viagem.

Um comentário:

  1. Apesar da correria aqui no trabalho,mas não esqueço, por isso estou aqui e continuo lendo.
    Muito bom, gosto bastante desse tipo de história.

    Depois continuo na seqüência.

    Boa noite.

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