domingo, 3 de abril de 2011

#18Caçador de Bruxas-Capítulo 17-Caçador e Caçadora


    Klaus retirou a cruz de suas costas e a manteve nas mãos durante todo o caminho até os portões de Rubheigen, a julgar por sua expressão seria ele parecia esperar ser atacado ainda durante o caminho, felizmente isso não aconteceu.
    Os portões de Rubheigen eram realmente impressionantes, duas enormes e pesadas portas de ébano reforçadas por grossas tiras de ferro, chegava até mesmo a ser assustador. Klaus parou perante o portão, ele estava serio, parecia esperar por alguma coisa, mas nada aconteceu. Ele parecia impaciente, cerrou os punhos e gritou a plenos pulmões.
-Apareça bruxa maldita, venho por boa vontade ou seja arrastada para fora!
Por mais alguns momentos nada aconteceu, mas logo um estranho zumbido surgiu no ar, começou quase inaudível mas aumentou até tornar-se quase insuportável. Os portões tremeram e o próprio ar pareceu tremer diante de algo. Uma voz estridente e sombria pareceu falar por todos os lados.
-Como ousa desafiar-me caçador!?
Klaus sorriu malicioso.
-Então tem medo de se mostrar?
O zumbido parou subitamente, os portões rangeram e lentamente se abriram, de trás deles surgiu uma mulher lindíssima, quase tão bela quanto Lune. Ela tinha longos cabelos prateados que pareciam escorrer feito água até o chão e usava um vestido branco que parecia cintilar como as estrelas.
-Medo? Não seja tão arrogante criança!
Sua vós lembrava a que a pouco falara, mas era diferente, não era tão estridente, mas continuava sombria. Klaus deixou morrer o sorriso.
-Então era mesmo você Ayleanee...
Ela riu.
-E esperava por quem Klaus? Alguém mais faria Drover recuar?
-Creio que não, mas não se gabe por isso, eu sei bem o que houve entre vocês, para ele enfrenta-la é algo tão absurdo quanto eu enfrentar Lune.
Elizabeth ficou chateada ao ouvir aquelas palavras, como ela esperava Klaus parecia ainda sentir algo por Lune.
-Ainda apaixonado por ela Klaus? Mas que surpresa desagradável.
-E por que você despreza tanto esta idéia?
Ayleanee sorriu sedutora.
-Ora, você é interessante demais para gostar daquela criança que se acha a rainha da noite.
-já que a despreza tanto estaria disposta a me contar como derrota-la?
Ela deixou morrer o sorriso.
-Infelizmente não, mesmo detestando-a ela ainda é uma irmã, não pretendo contar suas fraquezas a um caçador.
-Como eu pensei... É uma pena, eu não queria ter de enfrenta-la, afinal, machucar seu lindo rosto não é algo que eu queira fazer como homem!
Klaus apontou para Elizabeth, um brilho púrpura surgiu na ponta de seu dedo.
-“Que a flor roxa do despertar quebre a escuridão e acalante a jovem criança e que o deus violeta vele por seu sono...Trigésima sexta invocação da canção protetora: Caixa do deus violeta!”
Assim que Klaus terminou sua frase o brilho violeta que surgirá a ponta de seu dedo expandiu-se até envolver Elizabeth, tomando a forma de uma caixa de paredes púrpura que a envolvia. Ela ficou muito irritada com aquilo, Klaus não só usara um nela um feitiço sem nem mesmo avisar como estava falando com Ayleanee de uma forma totalmente diferente da qual ele falara com todas as outras pessoas até agora. Klaus se voltou para ela e sorriu ternamente.
-Desculpe por não avisar... Mas não posso deixar que ela ataque você para me atingir... Enquanto esta barreira estiver intacta você ficara bem.
Voltando-se novamente para Ayleanee ele assumiu uma expressão muito séria.
-Deixemos as brincadeiras de lado... Realmente pretende me enfrentar?
Ayleanee também decidiu ficar seria.
-Com toda a certeza, afinal, como uma caçadora de caçadores nada pode ser mais valioso para mim do que a cabeça do Cruz Negra como troféu!
-Então que assim seja...

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