segunda-feira, 4 de abril de 2011

#19Caçador de Bruxas-Capítulo 18-Primeira batalha


   Klaus assumiu posição de combate e manteve os olhos fixos em Ayleanee que fez o mesmo. Os dois ficaram se encarando por alguns momentos, nenhum dos dois parecia querer fazer o primeiro movimento, ou melhor, nenhum dos dois queria se precipitar ao fazê-lo. Quem quebrou aquele momento foi Klaus, num rompante ele se lançou contra Ayleanee atingindo-a com a Cruz ainda embrulhada nos panos, ela acabou tento de mover-se para evitar ferimentos sérios e foi ai que Klaus aproveitou a brecha. Ele estendeu a mão em direção a ele, diversas faíscas começaram a se reunir ao redor da palma de sua mão.
-”Que os raios cortem os céus e desçam sobre meus inimigos... Qüinquagésima invocação da canção destrutiva: Relâmpago Celeste!”
Um raio cortou a escuridão da noite e caiu em cheio sobre Ayleanee, o chão se partir e uma cortina de poeira se ergueu.
    Elizabeth sentiu-se aliviada, estava tudo acabado, mas por algum motivo Klaus continuava tenso e em pose de combate. Logo ela compreendeu, assim que a poeira levantada pelo raio baixou ela pode ver, Ayleanee continuava de pé, não só isso, ela não sofrerá nenhum arranhão.
-Isso é tudo Klaus? Sinceramente, não foi um feitiço ruim, na verdade, eu provavelmente teria sido morta por ele, mas parece que você se esqueceu de um pequeno detalhe... Você não é uma bruxa, não pode ferir os outros com magia, mesmo que você usasse a “Travessa” nada teria acontecido.
Era obvio, Elizabeth tinha se esquecido deste detalhe, mas algo ainda a incomodava, ela era leiga em assuntos relacionados a magia mas havia algo que mesmo ela sabia, invocações acima da casa dos quarenta não só eram extremamente poderosos, mas também extremamente desgastantes. Então por que Klaus usou uma invocação tão alta quanto a qüinquagésima mesmo sabendo que não surtiria efeito?
    Klaus deixou uma gargalhada escapar, Elizabeth ficou ainda mais confusa, mas ele parecia confiante, tudo o que ela podia fazer era confiar nele, principalmente presa dentro daquela barreira.
-Não me julgue amador Ayleanee, eu sei muito bem que não posso usar magia para causar o mau sem ser uma bruxa... Mas você realmente acha que eu usaria uma invocação tão desgastante sem um objetivo?
Ayleanee pareceu preocupada.
-O...O que você fez?
Klaus sorriu malicioso.
-Você ainda não percebeu?
Ayleanee não entendeu o que Klaus quis dizer com aquilo, não havia nada de errado com ela, ou era o que ela pensou até tentar mover-se. Ela pretendia dar um simples passo, mas sua perna não se movia, não importava o quanto ela tentasse seu corpo simplesmente não obedecia.
-Co...Como?
-Você se esqueceu do meu trunfo pelo que percebo...
Ao ouvir isso Ayleanee imediatamente fixou os olhos no rosto de Klaus e só então percebeu que seu olho direito brilhava em um tom púrpura.
-O olho da Mabaa! Mas... Eu pensei que o poder dele era o de quebrar feitiços e não...
-Quebrar feitiços realmente é o poder deste olho... Mas eu nunca disse que este era o único poder.
Ayleanee pareceu frustrada e alterou seu tom de voz, ela parecia muito irritada.
-Mas... Minhas fontes eram perfeitas... Ninguém jamais o viu usar este olho para outra coisa que não fosse quebrar feitiços... Então como...
-Simples, eu apenas nunca usei este poder quando um de meus companheiros estava por perto... E nunca deixei vivo qualquer inimigo em quem tenha usado este poder...

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